domingo, março 09, 2014

Problemas dentários potencializam lesões musculares

A Ponte Preta jogou 41 partidas desde que contratou o meia Caio, em setembro de 2011, mas o jogador participou de apenas 24 delas. O motivo que deixava o atleta de fora das competições era uma lesão recorrente no músculo posterior da coxa. O que ele não imaginava é que o problema, na verdade, era mais em cima, na boca. Uma infecção no dente que não aparecia nas radiografias foi diagnosticada como a causa dos frequentes problemas do jogador.
O fisioterapeuta do Imap (Instituto Médico Avançado da Ponte Preta) suspeitou da frequência do problema na coxa e pediu, em março, que o dentista do instituto, Francisco Carlos Kiko Marques, fizesse uma avaliação. Marques fez testes para avaliar a sensibilidade do dente com o calor e o frio, já que pelos exames comuns nada aparecia. Então, confirmou a suspeita, quando abriu o dente e encontrou a infecção.
“Foi uma surpresa, Caio tem uma saúde bucal muito boa. É um atleta que está além da média. Ele foi trocar uma simples restauração com um dentista particular antes de começar o Campeonato Paulista, acredito que o material que foi colocado ali não foi o adequado, veio a ter uma necrose e ele começou a apresentar esses problemas de lesão”, disse o dentista.
Francisco conta que a bactéria presente no dente do jogador circula no organismo pela corrente sanguínea e se aloja em determinados grupos musculares. “Elas gostam de “se esconder” num grupo de fibras chamadas “fibras colágeno”, onde a lesão muscular geralmente acontece.”
Caso o problema não fosse descoberto, Caio teria lesões cada vez mais graves, que chegam a romper até centímetros do músculo. Depois do tratamento, o meia joga sem dores e lesões.
Além de uma infecção, outros problemas bucais podem prejudicar o desempenho de atletas, desde uma gengivite, cárie, dente aberto, até um dente do siso ou uma raiz que podem ter focos infecciosos. “Isso pode atingir tanto um atleta profissional quando um de final de semana. Às vezes um desconforto muscular vem de um foco dentário”, afirmou Marques.

*Esta reportagem foi produzida por alunos do curso de Jornalismo da Universidade Metodista

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