segunda-feira, abril 12, 2010

Idosos pobres têm dificuldades de mastigação

Pesquisa revela que grupo abrange os idosos que não frequentam o dentista ou que possuem cáries não-tratadas e outros problemas.

Quanto mais baixa a renda, pior a qualidade da mastigação (Crédito: Google)

De acordo com pesquisa publicada nos Cadernos de Saúde Pública, muitos idosos sofrem com problemas de mastigação – e esse quadro que pode estar diretamente relacionado com a baixa renda, não-assiduidade nos tratamentos dentários ou mesmo nunca ter ido ao dentista, ter cáries não-tratadas e possuir necessidade de prótese dentária. O trabalho é de Juvenal Soares Dias-da-Costa, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, e colegas, e foi publicado na edição de janeiro de 2010.

Segundo os autores, foram utilizados dados de estudo realizado pelo Ministério da Saúde, com a participação das secretarias estaduais e municipais de saúde, de universidades, do Conselho Federal de Odontologia e da Associação Brasileira de Odontologia. “O estudo foi realizado incluindo zonas urbanas e rurais de 250 municípios em todos os estados brasileiros durante os anos de 2002 e 2003”, afirmam. Todos os dados, segundo o grupo, foram coletados nos domicílios dos participantes, através de exames dentários e de uma entrevista.

Os pesquisadores revelam que dos 5.124 idosos entrevistados, 2.546 disseram ter capacidade de mastigação insatisfatória. Quanto às variáveis socioeconômicas, eles declaram que “as prevalências de capacidade mastigatória insatisfatória aumentaram de acordo com a diminuição de renda. Indivíduos com menor escolaridade também apresentaram maior prevalência de capacidade mastigatória insatisfatória”. Além disso, “a maioria dos entrevistados referiu: frequência de visita ao dentista com a periodicidade de 3 anos ou mais (66,7%), local de atendimento no sistema público (41,9%)” e “60,1% das pessoas não receberam orientações de como evitar problemas bucais, 69,4% apresentavam presença de cáries não tratadas, 60,9% tinham perdas entre 28 a 32 dentes e 59,2% usavam próteses dentárias totais. Por outro lado, a maioria não apresentava alterações de tecido mole (83,8%), nem doença periodontal severa (37,6%), tinha ausência de dor de dente nos últimos seis meses (77,1%) e não tinha necessidade de prótese (43,3%)”.

Para Juvenal e colegas, o estudo “diagnosticou de forma rigorosa e consistente as condições de saúde bucal da população idosa, apontando para a necessidade da sua priorização e indo ao encontro da tendência da produção científica odontológica no Brasil”. Eles acreditam que “com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, tornam-se evidentes que melhores condições de acesso e tratamentos adequados a essa parcela da população se fazem necessários”. Para ler o trabalho na íntegra, acesse http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2010000100009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt.

segunda-feira, abril 05, 2010

O piercing na boca

O piercing na boca pode ser colocado na língua, nos lábios ou nas bochechas. Atualmente, os piercings na região da boca têm se tornado uma forma de expressão individual. Como o piercing na orelha, os brincos e anéis de metal colocados na boca são de diferentes estilos e compreendem peças como pinos, tarraxas e argolas.

Mas o piercing colocado na língua, lábios ou bochechas envolvem riscos maiores do que os colocados na orelha. Antes de perfurar qualquer parte, dentro ou fora da boca, converse com seu dentista.

Quais os riscos de colocar um piercing na boca?

É possível que você desconheça os efeitos colaterais que um piercing oral oferece. Estes efeitos são:

Infecção — A boca contém milhões de bactérias que podem causar infeções depois de um piercing oral. Tocar as partes de metal depois de colocados na boca também torna maior o risco de se contrair uma infecção.

Sangramento prolongado
— Caso um vaso sangüíneo seja perfurado pela agulha durante o procedimento de colocação, pode haver um sangramento difícil de ser controlado com perda excessiva de sangue.

Dor e inchaço — São sintomas comuns de piercing na boca. Em casos mais sérios, se a língua inchar demais, poderá fechar a passagem de ar e dificultar a respiração.

Dentes danificados — O contato com a jóia pode danificar o dente. Dentes com restaurações – por exemplo, coroas ou jaquetas – também podem ser danificados pelas peças de metal.

Ferimento na gengiva —
As peças de metal não só podem ferir o tecido da gengiva que é sensível, mas também podem causar retração gengival. A retração gengival tem aparência desagradável e torna seus dentes mais vulneráveis a cáries e a periodontite.

Interferência com a função normal da boca — As jóias aumentam a produção de saliva, impedindo que você pronuncie corretamente as palavras e também dificultam a mastigação.

Doenças transmissíveis pelo sangue — O piercing da boca foi identificado pelo Instituto Nacional de Saúde como uma possível forma de transmissão da hepatite B, C, D e G.

Endocardite — O piercing oral pode causar endocardite, que é a inflamação das válvulas e dos tecidos cardíacos. A ferida causada pela perfuração dá às bactérias da boca a oportunidade de entrar na corrente sangüínea, podendo chegar ao coração.

Quanto tempo dura um piercing?

Se você não contrair nenhuma infeção e seus piercings orais não interferirem com as funções normais da boca, podem ser usados de forma permanente. Mas, não deixe de ir ao dentista se sentir qualquer tipo de dor ou algum outro problema. Por causa dos riscos envolvidos mesmo depois que a ferida da perfuração desaparece (como é o caso de engolir peças soltas ou danificar os dentes).
Fonte: Colgate

Fotos Piercing na boca – piercing oral