Um estudo da Case Western Reserve University, em Cleveland, no Estado
americano de Ohio, e da Hathaway Brown School, da cidade de Shaker
Heights, no mesmo Estado, indica que bactérias encontradas nas bocas de
gestantes podem contribuir para nascimentos prematuros de bebês. A
pesquisa foi publicada na edição de abril do jornal Infection and Immunity
e divulgada nesta quinta-feira pela Sociedade Americana de
Microbiologia. A pesquisa indica que a gengivite, um problema comum
durante a gestação, aumenta a concentração de bactérias na boca e a
possibilidade de transmissão desses microorganismos para a placenta pela
corrente sanguínea.
De acordo com a sociedade, cerca de 12,7% dos nascimentos nos Estados
Unidos são prematuros, o que indica um aumento de 36% nos casos nos
últimos 25 anos. A infecção intrauterina é a principal causa de
nascimentos prematuros e abortos. Durante um longo período, a infecção
intrauterina foi associada a bactérias encontradas na vagina das
grávidas, contudo, estudos recentes indicam que bactérias achadas na
boca também podem causar o problema.
Os pesquisadores de Ohio ainda identificaram um grupo de bactérias
capazes de colonizar a placenta de camundongos, sendo a maioria
originária da cavidade oral e associadas com problemas na gravidez em
humanos.
De acordo com os cientistas, os resultados podem levar a terapias
para reduzir constantemente a quantidade de bactérias nas bocas das
gestantes, o que pode contribuir para uma gestação mais saudável.
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