sexta-feira, janeiro 14, 2011

Verão, época propicia para o aparecimento de herpes

No verão todos se preocupam com a beleza. Lembram-se dos cuidados com a pele e com os cabelos, mas muitas vezes esquecem-se da saúde bucal. Na estação mais quente do ano é necessário também atenção redobrada com os lábios, já que a exposição aos raios solares, em excesso, abaixa o sistema imunológico, propiciando o aparecimento do surto viral do Herpes.

O Herpes labial, também chamado de herpes simples 1 (causado pelo vírus Herpesvírus humanos), normalmente é contraído durante a infância, mas não se manifesta necessariamente nessa fase. "O Herpes aparece dependendo da resistência orgânica de cada um. Porém existem pessoas que têm o vírus no corpo, mas não manifestam a doença em nenhuma fase da vida, pois a imunidade não permite o desenvolvimento da doença", explica Dr. Sidnei Goldmann, dentista especialista em implantodontia e clareamento.

O Herpes é uma doença que não tem cura, depois de contraído ele permanece no organismo e volta a ativar-se em períodos de debilidade, como stress, trauma ou infecções. Além da exposição excessiva ao sol, a herpes também pode aparecer com as baixas temperaturas, fadiga física ou mental, febre e nas mulheres durante o período menstrual.

A doença se manifesta primeiramente como bolhas, que depois de estouradas se transformam em feridas, que causam muito incomodo, irritação, comichão e ardor, durante o período de 10 à 15 dias. "Logo que os sintomas aparecem, o paciente deve procurar seu dentista para o tratamento do vírus. Se não tratado, o vírus pode se espalhar para outras partes do corpo, como olhos e gengivas", explica Goldmann.

Durante esta estação, em que todos querem ficar com a cor do verão, alguns cuidados devem ser tomados para evitar a "erupção" da doença. "Usar protetor labial com proteção solar, beber muito liquido para hidratar, tomar vitamina C para reforçar o sistema imunológico, ter uma alimentação balanceada, fazer exercícios e ter boas noites de sono, colaboram para deixar a doença inativa", diz o especialista.

Além disso, para os que não tiveram contato com a doença, a melhor forma de prevenir é evitar beber em copos usados, usar batom de outra pessoa e beijar alguém com a boca ferida. "O vírus do Herpes é altamente contagioso e não tem cura, neste caso o melhor remédio é a prevenção", finaliza Goldmann.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

Hipersensibilidade Dentinária (hiperestesia)

FIGURAS 1 E 2 - ESTRUTURAS QUE FORMAM O DENTE.
No destaque, imagem da superfície da dentina ampliada mostrando seu aspecto tubular (1).
Lesão cervical não cariosa presente em primeiro pré- molar superior (2).

Dor que ocorre, geralmente na região do colo do dente, próxima à gengiva, provocada pela escovação, ingestão de alimentos frios, doces, frutas cítricas etc. A dor cessa assim que o estímulo é removido, é de curta duração, tendendo a desaparecer com a mesma rapidez com que se inicia.

A hipersensibilidade nunca começa espontaneamente como acontece comumente com outras causas de dor nos dentes. Entretanto, a distinção entre hipersensibilidade e dor de dente deve ser feita pelo dentista.

A hipersensibilidade significa que a polpa dental (o “nervo” do dente) está doente?
Não, já que a dor é decorrente de mudanças de pressão dentro do dente, provocadas pela variação da temperatura ou por outros estímulos na superfície. Não tem relação com alterações patológicas da polpa dental.

Então, por que o dente dói?
Em condições normais, a coroa do dente (a parte exposta na cavidade bucal) é recoberta pelo esmalte, estrutura resistente às pressões e ao desgaste decorrentes da mastigação (Figura 1). Essa estrutura é praticamente impermeável e definitivamente insensível aos estímulos. As raízes são recobertas por outro tipo de estrutura, denominada cemento. Com o passar do tempo, esmalte e cemento sofrem degradações (Figura 2) que expõem a dentina, estrutura também dura e resistente e que abriga a polpa dental. Dessas estruturas, somente a dentina apresenta sensibilidade. A dentina é bastante permeável, constituída de milhões de canais microscópicos (Figura 1) que, em teoria, ligam a polpa com meio externo quando o esmalte ou o cemento são desgastados. Sem o cemento e o esmalte, a dentina fica sem proteção e sujeita às agressões do meio externo.

Qual a relação da hipersensibilidade dentinária com as lesões cervicais não cariosas?

A hipersensibilidade dentinária ocorre mais comumente na região cervical do dente (colo), onde o esmalte e o cemento são degradados com maior freqüência, expondo a dentina. Quando essa exposição dentinária não é provocada por processo de cárie dental, a área exposta é considerada uma lesão cervical não cariosa (Figura 2). A prevalência dessas lesões é alta, e pode-se antecipar que, em algum momento da vida, qualquer indivíduo poderá ter, pelo menos, um dente com lesão cervical não cariosa.

Quais as causas mais comuns de lesões cervicais não cariosas?
Essas lesões são resultado de uma interação de fatores, em que os mais importantes são a oclusão (contato entre os dentes antagonistas), a alimentação rica em ácidos (frutas cítricas e refrigerantes em excesso, por exemplo) e a escovação dental. A oclusão promove a fadiga das estruturas dentárias na região do colo, as substâncias ácidas causam a dissolução do esmalte e a escovação remove mecanicamente o esmalte enfraquecido ou dissolvido. Fatores sistêmicos também podem contribuir para a degradação das estruturas dentárias, tais como refluxo gastroesofágico, bulimia, hipertireoidismo e qualquer outra doença que reduza o fluxo salivar.

Como tratar a hipersensibilidade dentinária?
O dentista deve empregar os recursos dessensibilizadores (o que pode incluir a restauração das lesões e ajustes oclusais) para reduzir o desconforto imediato da dor e, complementarmente, eliminar as causas da exposição dentinária para impedir a recorrência da hiperestesia.


Referência: Revista da APCD.

sábado, janeiro 08, 2011

CLAREAMENTO DENTAL

Estética Dental

Nos dias de hoje, a busca pela estética é um fator de muita influência sobre o comportamento das pessoas.

Seja nos grandes centros urbanos ou nas pequenas cidades, é cada vez mais comum observar-se academias e clínicas de estética cada vez mais lotadas. Dentro deste contexto, é natural que a odontologia esteja preparada para atender aos anseios estéticos da população em geral.

. .
antes
(amálgama)
depois
(resina)
dente
fraturado
dente
restaurado c/ resina

Técnicas restauradoras e protéticas mais modernas visam, além da reabilitação da função mastigatória, a recuperação do fator estético. Dentro desta perspectiva, o clareamento dental se torna um importante instrumento a fim de proporcionar a satisfação do paciente em seu tratamento.

O clareamento dental visa a recuperação da cor original dos dentes, perdida em algum momento durante a vida em decorrência de vários fatores. Serve também simplesmente para promover um branqueamento dos dentes originalmente mais escurecidos.

A utilização de agentes clareadores nos dentes já ultrapassa um século, e com o desenvolvimento de novos materiais, tem se mostrado um meio cada vez mais eficaz e seguro de se obter uma estética dental satisfatória.

Existem basicamente dois tipos de clareamento dental:
• Clareamento caseiro
• Clareamento no consultório

No clareamento caseiro, a maior parte do tratamento é realizada pelo próprio paciente, o qual utiliza o agente químico dentro de uma moldeira adaptável aos dentes. Estes materiais são fornecidos pelo cirurgião-dentista, que irá supervisionar o tratamento através de visitas periódicas do paciente ao consultório.

No clareamento realizado no consultório, o dentista irá aplicar sobre os dentes um agente químico oxidante bem mais potente. Durante a aplicação, a gengiva, lábios e bochechas são protegidos de forma que o clareador não provoque queimaduras. Sobre o clareador é aplicada uma fonte de energia ativadora que pode ser luz halógena ou determinados tipos de laser que irão promover uma intensificação do clareamento. Dessa forma, o clareamento é realizado em apenas uma sessão.


Tenho restaurações escuras (metálicas) nos dentes posteriores. Vale a pena trocá-Ias por restaurações de cor branca ou da cor dos dentes?
A troca de uma restauração metálica por uma estética ou, como dizem os pacientes, "por uma branca", pode se dar por dois motivos principais: por problemas que envolvem a saúde do dente, como uma fratura da restauração pré-existente ou mesmo por recidiva de cárie (nesse caso, a troca não é discutida e pode, perfeitamente, ser feita uma restauração estética), ou por motivo exclusivamente estético (quando uma restauração metálica em bom estado vai ser trocada, surgem, então, alguns questionamentos).

Quais os materiais que podem ser utilizados na troca de uma restauração metálica por uma estética?
Existem, em princípio, duas possibilidades de materiais. O primeiro é a cerâmica (ou porcelana), o segundo são as resinas compostas. A restauração de cerâmica pode ser executada apenas pelo método indireto, isto é, o cirurgião-dentista prepara o dente, molda, e um técnico de laboratório executa, sobre o modelo, o trabalho, que é cimentado pelo dentista. A resina composta tanto pode ser usada pelo método direto, feita diretamente sobre o dente do paciente, em uma única sessão, ou pelo método indireto. A resina composta usada na forma indireta tem uma composição diferente da utilizada na forma direta e é chamada de resina composta de laboratório, podendo também ter a denominação de cerômero.

As restaurações em amálgama são realmente tóxicas e, por isso, devem ser trocadas?
Existe muita discussão sobre o poder tóxico do mercúrio nas restaurações de amálgama. Provou-se que o aumento dos níveis de mercúrio no sangue e na urina pode estar associado à presença dessas restaurações, embora nenhum trabalho tenha conseguido relacionar o desenvolvimento de doenças sistêmicas causadas por mercúrio em pacientes com as restaurações de amálgama.

Quais são o melhor material e a melhor técnica?
Basicamente, a técnica direta serve para as pequenas restaurações e, quando a área a ser restaurada é muito extensa, a preferência cai sobre as indiretas; entretanto, as mais extensas podem ser feitas de modo direto, dependendo da indicação profissional. Na técnica indireta, a escolha entre cerâmica e cerômero dependerá das condições técnicas e também da preferência profissional, pois os comportamentos estético e funcional são extremamente semelhantes.

No momento da troca de uma restauração, é necessário um desgaste maior do dente?
Não necessariamente. Quando é feita a troca de uma restauração de amálgama por uma de resina composta direta, a cavidade obtida após a retirada do material antigo já é compatível com o novo material restaurador. Contudo, para receber uma restauração indireta, pode ser necessário um desgaste adicional de dente sadio para possibilitar a execução do trabalho. Nas trocas de uma restauração metálica indireta de ouro, por exemplo, dificilmente uma certa quantidade de dente sadio não vai ser sacrificada, pois são preparos com exigências diferentes. Esse desgaste maior do dente de maneira alguma irá prejudicá-lo, pois é feito para permitir uma harmonia entre o material restaurador e o dente.

Uma restauração de material na cor do dente tem a mesma durabilidade que uma restauração antiga?
Existem, na boca de pacientes, restaurações de amálgama, de ouro e de outros metais em bom estado e com desempenho funcional perfeito há mais de vinte anos, assim como existem restaurações em mau estado feitas há pouco tempo. As técnicas restauradoras estéticas atuais são relativamente novas se comparadas com a do amálgama e a das restaurações metálicas indiretas. Todavia, já temos acompanhamento clínico com excelentes resultados de restaurações estéticas. A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

Dentes manchados por uma restauração de amálgama podem ser corrigidos com a troca?
O amálgama libera, ao longo do tempo, produtos que podem manchar o esmalte dental deixando-o acinzentado. Nesses casos, a troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente, pois seria necessária a retirada completa desse esmalte manchado para se conseguir uma perfeita solução estética.

Como é feita a manutenção das restaurações estéticas?
A manutenção das restaurações estéticas está inserida no contexto de manutenção da saúde bucal do paciente. O controle da higiene bucal, as profilaxias periódicas, como também as reavaliações clínicas do estado das restaurações prolongam a vida útil desses trabalhos. Pequenos reparos de possíveis falhas como manchamento superficial e pequenas fraturas podem ser realizadas com facilidade pela mesma técnica adesiva usada na confecção das restaurações estéticas.


Referência: Odontologika / Dr. Roberto Mariani www.perioimplantes.com.br
Foto gentilmente cedida pela modelo e paciente Tathiana Mancini.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Verão exige cuidados especiais com os dentes




Quantas crianças e adolescentes, em um bar, restaurante ou lanchonete, e até mesmo em casa, pedem um copo dágua para acompanhar as refeições? E os adultos? A maioria das pessoas, sem dúvida, prefere beber um copo de suco ou refrigerante em vez de água. Com a proximidade do verão, esse consumo aumenta e o brilho dos sorrisos pode acabar comprometido. Isso porque o consumo exagerado de algumas bebidas e alimentos pode provocar a erosão, um problema que causa o desgaste dos dentes. Esse hábito de consumo exagerado de sucos, refrigerantes e bebidas esportivas em substituição à água pode contribuir para a desmineralização do esmalte dentário e provocar a erosão dos dentes, alerta a dentista da clínica Prevenir, Joecí de Oliveira.

A erosão constitui um processo de perda progressiva dos tecidos duros dos dentes, por meio de um processo químico, ou seja, diferentemente da cárie dentária, não há envolvimento de microorganismos. As coroas dos dentes são formadas por uma camada superficial mais mineralizada chamada de esmalte, uma camada intermediária conhecida como dentina e a camada interna, chamada de polpa. ácido inicialmente ataca o esmalte, mas se o processo não for diagnosticado e detido a tempo, a erosão pode destruir o esmalte e a dentina, chegando à polpa do dente, explica Joecí. Nestes casos, ela alerta que é necessário realizar o tratamento de canal para posterior reconstituição dentária.
Os sintomas da erosão, além da perda do brilho do esmalte, são a queda freqüente de restaurações, o desgaste dentário e sensibilidade nos dentes afetados. As causas, segundo Joecí, podem ser de ordem psicológica, como bulemia, anorexia nervosa, distúrbios gastrointestinais, uso abusivo de álcool ou qualquer outra doença que cause regurgitações freqüentes. A erosão também pode ser causada por fatores externos, como o uso exagerado de sucos ácidos (limão, abacaxi, laranja), refrigerantes, bebidas esportivas e vinagre. Mas, é bom lembrar que ninguém tem erosão por tomar suco ou refrigerante ao fins de semana, explica a dentista.
As pessoas que a possuem, acrescenta a dentista, costumam relatar histórias de consumo de aproximadamente um ou dois litros de substância ácida por dia.
Segundo Joecí o esmalte é incapaz de regenerar-se. Para tratar a erosão deve-se usar o flúor, que diminui a sensibilidade dos dentes; fazer reconstituições com resina composta e controlar a dieta.
O ideal mesmo seria oferecer orientações à população sobre os efeitos nocivos da ingestão freqüente de substâncias ácidas, em especial do suco de limão e dos refrigerantes tipo cola, para que esse processo fosse evitado, acrescenta a dentista.


FONTE: http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/223849/