terça-feira, dezembro 20, 2011

Auxiliar em saúde bucal - ASB - ACD

1- O que faz uma auxiliar de dentista?

A Auxiliar em Saúde Bucal(ASB) é o profissional responsável por otimizar e potencializar o atendimento do cirurgião dentista. Aumenta a eficiência dos protocolos de biossegurança do consultório odontológico, aumentado também a qualidade dos serviços oferecidos e executados tanto no serviço público quanto nos consultórios particulares.

2- Existe um curso para auxiliar de dentista?

Existem cursos regulamentados para o auxiliar em saúde bucal oferecidos pelas associações de odontologia (APCD, ABO, ABCD), sindicatos de classe, geralmente regulamentados pelo Conselho Federal e Regional de Odontologia. Hoje em dia devido a grande procura por este curso até o SENAC oferecem cursos para ASB.

3- Preciso ter alguma aptidão para ser uma auxiliar de dentista?

Geralmente pessoas com habilidades manuais e gostam da área da saúde costumam se adaptar mais rapidamente.

4- O que faz uma auxiliar de dentista no dia a dia?

Geralmente, auxiliam e instrumentam os profissionais nas intervenções clínicas, inclusive em ambientes hospitalares. Faz todo o preparo para o atendimento do paciente, desenvolve ações de promoção de saúde bucal entre outros. você pode conferir em detalhes a lista completa das ações de uma auxiliar em saúde bucal no Blog Sofá do Dentista.

5- Auxiliar em Saúde Bucal e Técnico em Saúde Bucal é a mesma coisa?

Não. O Técnico em Saúde Bucal (TSB) além de poder ter as atribuições do ASB tem pode também treinar e capacitar o ASB, ensinar técnicas de higiene bucal, prevenção de cáries através da aplicação tópica de flúor, remover suturas entre outros.

A minha dica é que você inicie pelo curso de ASB trabalhe como ASB e depois se estiver gostando faça o curso de TSB, que é mais caro e leva mais tempo.

6- Quanto tempo dura o curso de auxiliar em saúde bucal?

A carga horária exigida pelo Conselho Federal de Odontologia é de 300 horas. Se o curso tem frequência semanal de uma aula por semana, pode levar uma ano para conclusão.

7- Qual é o preço do curso de auxiliar de dentista?

Encontrei na Internet cursos a partir de R$ 200,oo por mês. Porém, sempre alerto aqui no blog para não se atentar somente a preços, mas a qualidade do serviço que você vai adquirir. Portanto, não custa nada checar se perante ao MEC e ao Conselho Federal ou Regional de Odontologia este curso está homologado e aprovado.

8- Quanto ganha uma auxiliar de dentista?

O salário de uma ASB varia de estado para estado, de sindicato para sindicato. No estado de São Paulo é o SINDHOSP que regulamenta o piso das ASBs, TSBs e é reajustado anualmente.

9- Tem mais dicas sobre o que uma auxiliar de dentista faz?

Tem um ótimo blog, o ricardodentista.com.br que escreve ótimos textos sobre o assunto. Você pode ler o post “Como receber seu cliente?” ou “Como atender o telefone?” e saber mais sobre as tarefas e dicas de etiqueta.

10- Vale a pena um curso de auxiliar em saúde bucal?

Se você leu e chegou até aqui, já deu o primeiro passo para saber se está disposta ou não a seguir em frente. Eu nunca vi alguém que investisse em cursos, carreira que ficou arrependido depois. Se tem um tipo de investimento que você não vai arrepender, nem ninguém poderá tirar de você é o CONHECIMENTO! Invista em você! ;)

Fonte:


sexta-feira, dezembro 16, 2011

Hortelã mostra ação antimicrobiana

Extrato da planta demonstra potencial contra cepas de Candida.

Pesquisa de doutorado da cirurgiã-dentista Iza Teixeira Alves Peixoto aponta que o uso do extrato de Mentha spp. – cujo nome popular é hortelã – demonstra potencial como antimicrobiano contra cepas de Candida, principalmente a albicans, patógeno comensal que pode ser encontrado na cavidade bucal. O estudo foi realizado preliminarmente com o óleo essencial da planta, mas já dá prova de que poderá originar novas modalidades de tratamento fitoterápico, em particular contra doenças infecciosas por esta espécie, como a candidíase.

No estudo, orientado pelo professor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) José Francisco Höfling e pela pesquisadora do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) Marta Cristina Teixeira Duarte, a dentista extraiu o óleo de diferentes espécies e acessos de Mentha e o usou contra Candida, testando a concentração inibitória mínima (a menor concentração capaz de apresentar efeito antimicrobiano) com espécies tanto de várias regiões brasileiras quanto de diversos países. Foram avaliados ao todo 64 tipos diferentes de plantas, todas cultivadas no CPQBA. “Mesmo não sendo muito relatados, já existiam alguns estudos na literatura evidenciando a atividade antimicrobiana da Mentha”, conta Iza Peixoto.

O diferencial desta tese, nas palavras de sua autora, foi que o óleo essencial da planta não mostrou toxicidade contra células em culturas de células, revela. Os ensaios indicaram que as frações de Mentha não interferiram no metabolismo das células epiteliais testadas, sugerindo uma seletividade positiva de ação antimicrobiana para Candida. “Isso sinaliza para uma maior segurança dessas frações como medicamento.”

Segundo a pesquisadora, o uso de óleos essenciais na investigação – produtos da Mentha – parte de um processo de extração mais delicado do que aquele pelo qual passa o extrato, pois é composto por uma cadeia carbônica menor. Ela avaliou a ação desses óleos contra as cepas analisadas, já que as leveduras podem apresentar maior resistência microbiana, estando largamente em uso nas indústrias farmacêutica, cosmética e de higiene pessoal.

Vários estudos, comenta o orientador, têm demonstrado que os agentes antifúngicos vêm diminuindo a sua eficácia contra amostras bacterianas e fúngicas, devido ao mecanismo de resistência microbiana a esses agentes, ainda que mostrando atividade sobre as células planctônicas (não aderidas à estrutura do biofilme). Infecções associadas à formação desta estrutura são difíceis de tratar e representam uma fonte de reinfecção. Espécies de Mentha, porém, demonstraram atividade antimicrobiana contra biofilmes de C. albicans (o principal fator etiológico da candidose), vistos, sobretudo na superfície de próteses removíveis.

Quando presentes no biofilme, explica Höfling, os microrganimos mostram-se mais aptos a exercer a sua função biológica, ficando agregados uns aos outros, protegidos da ação antimicrobiana. A ação da droga para penetrar nesse “invólucro”, e conseguir debelar tais microrganismos, é muito mais difícil de ocorrer do que o microrganismo estando “solto”, na sua forma planctônica, avalia Iza Peixoto. “Quanto mais estruturados na forma de biofilme, mais resistentes se tornam contra agentes antimicrobianos.”

O que o extrato fez foi impedir a sobrevivência agindo contra esses microrganismos, seja inativando-os ou matando-os graças ao seu “efeito fungicida”. A análise do biofilme foi efetuada nos Estados Unidos, na Universidade do Texas de San Antonio (UTSA), sob orientação do farmacêutico José Luís Lopez-Ribot. A pesquisa de Iza Peixoto também contou com a colaboração da engenheira agrônoma do CPQBA Glyn Mara Figueira, que cuidou do cultivo padronizado de todas as plantas. Já a extração dos óleos essenciais também foi procedida no CPQBA, ao passo que a atividade antimicrobiana do óleo, na FOP.

Conhecimento

A candidíase ou candidose é uma infecção comum no homem, sendo causada por espécies de Candida, juntamente com a imunodeficiência do hospedeiro. Por ser um microrganismo comensal, entre 30% e 50% das pessoas simplesmente o possuem em sua cavidade bucal sem evidência clínica de infecção. “Como faz parte do organismo, é chamado de fungo patogênico oportunista, respondendo por cerca de 80% das infecções fúngicas hospitalares documentadas até hoje”, diz a autora da tese.

Como resultado dessa infecção complexa entre hospedeiro e microrganismo, essa doença é capaz de variar desde o leve envolvimento da superfície mucosa, notada na maioria dos pacientes, a uma doença fatal, de maneira disseminada nos gravemente imunodeprimidos. A candidose também pode ser observada agregada a válvulas cardíacas e cateteres. “Está ainda ligada à falta de higienização e ao comprometimento do sistema imunológico do hospedeiro”, ensina a dentista.

A infecção por Candida e a resistência crescente destes patógenos aos antifúngicos químicos sintéticos têm sido um estímulo determinante para que mais pesquisadores sejam levados a investigar a ação antimicrobiana de drogas alternativas, em particular provenientes de extratos de plantas, no que diz respeito ao seu poder antimicrobiano, assim como relacionado ao seu potencial de toxicidade no organismo humano.

Outra questão que deve ser levada em conta é que a literatura confirma o aumento, deveras proeminente, da resistência da Candida spp. aos agzentes antifúngicos químicos, reforça Höfling. Deste modo, a falta de drogas eficazes para o tratamento de infecções fúngicas justifica a necessidade de identificação de novos agentes antimicrobianos para a terapêutica dessas enfermidades com plantas medicinais.

As drogas mais usadas com melhor efeito contra este patógeno na boca, salienta a pesquisadora, são a nistatina e o fluconazol. Para candidoses sistêmicas, forma mais grave, tem sido adotada a anfotericina B. A proposta de Iza Peixoto, relacionada à Mentha, embora despontando como uma alternativa viável, ainda necessita de estudos complementares (como pesquisa básica que exigirá estudos em animais e outras etapas analíticas) que venham ampliar o conhecimento dos componentes bioativos presentes nos extratos desta planta. “Ainda não se pode afirmar que a pesquisa com esse óleo será utilizada como fitoterápico em breve. No entanto, as pesquisas feitas em nossos laboratórios e em outros abrem perspectivas para o emprego desta planta como agente antimicrobiano em potencial.” Infecções por Candida envolvem uma gama de doenças superficiais e invasivas oportunistas, associadas a muitos fatores de risco por parte do hospedeiro, o que exige um maior conhecimento dos mecanismos biológicos ligados a essas doenças quando tratadas com antimicrobianos alternativos.

Indicações

Produtos naturais como a hortelã, que desenvolve um dos mais consumidos óleos essenciais, podem originar novas modalidades de tratamento. Várias espécies têm sido analisadas quanto a suas diferenças metabólicas, composições químicas, propriedades antibacterianas, antifúngicas e antivirais. Estão sendo conduzidas pesquisas atualmente para avaliação biológica de suas propriedades medicinais no combate a vários tipos de doenças.

A pesquisadora ressalta o valor de selecionar o acesso da Mentha spp. não apenas com a função de melhorar o odor ou o seu sabor, mas também para aplicações antimicrobianas. “As indústrias poderão escolher o acesso mais adequado à sua produção, ou seja, aquele que produz o óleo de melhor rendimento, melhor atividade antimicrobiana, numa baixa concentração e que não seja tóxica aos tecidos humanos. Os dados da presente pesquisa, aliás, desvelam novas perspectivas para melhoramento genético”, salienta.

Höfling acredita que o maior achado da tese foi demonstrar que plantas do gênero Mentha têm atividades antimicrobianas, uma destacada contribuição para essa linha de investigação. O óleo estudado, aborda ele, se prestaria mormente a pacientes hospitalizados e imunodeprimidos. No entanto, pesquisas que tendem a viabilizar o uso de extratos de plantas ou seus componentes bioativos, como alternativa aos quimioterápicos e antifúngicos, têm ainda muito a evoluir, em razão da diversidade e complexidade de suas propriedades fisiológicas e bioquímicas, quando comparadas a produtos sintéticos ou biossintéticos encontrados em drogas desde o século passado.

A FOP, declara o orientador, é pioneira nos trabalhos com plantas e com microrganismos da cavidade oral, em geral em consonância com o CPQBA. Há 15 anos, afirma, a Faculdade faz esses estudos sobre a aplicação de extratos de plantas como agentes antimicrobianos. No momento, Höfling orienta duas pesquisas de pós-graduação: uma de pós-doutorado, de Paula Cristina Aníbal, que trabalha há sete anos com extratos de romã; e uma de mestrado, de Fabiana Casarotti. Ambas têm dado continuidade à linha de pesquisa sobre a aplicação de plantas com potencial antimicrobiano. Outros estudos nessa linha estão sendo tocados por ex-alunos e professores de outras universidades, visando ampliar mais os dados da área.

Fonte: Portal Open

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Artigo publicado na UNESP



Estou muito feliz pelo mneu artigo publicado na UNESP, sobre os processos contra os cirurgiões-dentistas feitos por clientes que se sentiram lesados diante de algum tratamento sem sucesso, propaganda enganosa entre outros aqui na cidade de Campina Grande Pb. Diante de tantas propagandas enganosas que os clientes sofrem, preços abusivos, resolvi por curiosidade ir no Procon para saber os processos instaurados contra os dentistas a fim de que o direito do paciente e a qualidade dos serviços ofertados sejam assegurados.

http://www.4shared.com/document/D_j8DMVy/Odontologia_e_o_Cdigo_de_Defes.html


http://rou.hostcentral.com.br/PDF/v40n1a02.pdf

segunda-feira, dezembro 05, 2011

O que é Fissura Labial/Palatina?



O que é Fissura Labial/Palatina?


Fissura labial é a separação do lábio superior em duas partes, algo que atinge um em cada 550 bebês no Brasil. Tal como a fissura palatina, a fissura labial é causada pela junção inadequada dos dois lados da face quando o bebê ainda está no útero. Embora ninguém saiba ao certo o porquê desta deficiência, ela tende a ser hereditária. Os desequilíbrios hormonais, as deficiências nutricionais e certas drogas utilizadas durante a gestação podem ser apontadas como possíveis causas.

A fissura palatina ocorre quando há uma abertura direta entre o palato, ou céu da boca, e a base do nariz. Durante a gestação, o maxilar superior do bebê não se fecha como deveria, deixando uma falha. A fissura palatina é um problema mais grave que a fissura labial, embora ambos requeiram uma cirurgia corretiva.

Dificuldades de alimentação, de respiração e de fala, além de problemas psicológicos são algumas das dificuldades enfrentadas por uma criança com fissura labial ou palatina. A fim de se corrigir esse problema, é aconselhável tratar-se com uma equipe médica, incluindo um cirurgião plástico, cirurgião bucomaxilo-facial, otorrinolaringologista (especialista em orelha, nariz e pescoço), cirurgião-dentista e um ortodontista.

Como saber se o meu bebê tem uma fissura labial ou fissura palatina?

O obstetra que fizer o seu parto provavelmente lhe dirá imediatamente se o bebê tem uma fissura labial ou palatina. A fissura labial é facilmente reconhecível. Uma fissura palatina pode variar em tamanho, desde uma pequena fenda até um grande orifício no céu da boca, e se tornará aparente logo após o nascimento, se não de imediato. Quanto um bebê com fissura palatina tenta se alimentar, os alimentos líquidos podem sair pelo seu nariz - problema que pode ser controlado com o auxílio de mamadeiras especiais e outros cuidados , até que o bebê tenha idade suficiente para ser submetido à cirurgia.

Como são tratados os casos de fissura labial ou fissura palatina?
Fechar uma fissura labial através de cirurgia é mais simples do que corrigir uma fissura palatina. O procedimento é geralmente realizado nos três ou quatro primeiros meses de vida e a cicatriz tende a desaparecer com o passar do tempo.

No caso de uma fissura palatina, a cirurgia é adiada até que a criança complete um ou dois anos de vida, quando o maxilar superior já alcançou seu crescimento normal. Se o problema é extenso, a cirurgia pode ser adiada até que a criança atinja cinco a sete anos, a fim de evitar problemas estruturais. Em alguns casos a cirurgia não é possível ou pode não fechar totalmente a fenda. Nestes casos, um aparelho parecido com uma dentadura, chamado de obturador, é feito a fim de encobrir a abertura e permitir que a criança se alimente naturalmente.

Dependendo da gravidade da fissura palatina, podem ser necessárias cirurgias múltiplas no decorrer de um longo período. Um cirurgião plástico e/ou bucomaxilo-facial realizam uma cirurgia corretiva na face, enquanto que um cirurgião-dentista, cirurgião geral, otorrinolaringologista e/ou ortodontista fazem aparelhos para corrigir quaisquer defeitos.

Uma equipe de profissionais de saúde oferecerá orientação e encorajamento durante os tempos mais difíceis, desde o nascimento até o tratamento. Com os avanços das técnicas cirúrgicas e aparelhos corretivos, os prognósticos para as crianças que nascem com fissura labial ou palatina são excelentes. À medida que a criança se desenvolve, pouco se nota a fissura.